O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) propôs que o Google venda o navegador Chrome como parte de medidas para restaurar a competitividade no mercado de buscas na web. Essa separação seria uma estratégia para desmantelar o monopólio da empresa no setor. Em agosto, o Google foi considerado culpado por violar leis antitruste ao consolidar sua posição dominante nos mercados de busca e publicidade digital.
Na última quarta-feira (20), o DOJ apresentou alternativas para corrigir essa situação, incluindo restrições contratuais e a venda de produtos específicos, como o Chrome. Embora a venda do sistema operacional Android não esteja diretamente exigida, o DOJ considera essa opção caso outras medidas sejam insuficientes.
Outra proposta inclui a proibição de acordos como o pagamento de bilhões de dólares à Apple para manter o Google como mecanismo de busca padrão no iOS, prática que rendeu US$ 18 bilhões à Apple em 2023.
As soluções serão reavaliadas em março de 2025, antes do julgamento final marcado para abril. Nesse processo, será decidido como o Google deve ajustar suas práticas para restabelecer a concorrência nos mercados impactados.
Google critica as propostas
O Google se posicionou contra as medidas em um artigo assinado por Kent Walker, presidente de assuntos globais da Alphabet. A empresa considera as propostas “exageradas” e alega que podem prejudicar consumidores e a inovação tecnológica. Entre as críticas, o Google afirma que as medidas podem comprometer a privacidade, segurança e qualidade de seus produtos, além de limitar investimentos em inteligência artificial e criar barreiras ao acesso às suas ferramentas.
A audiência em abril de 2025 ocorrerá sob uma nova composição política, já que, até lá, Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos.